A maioria das pessoas não recebem toques o suficiente para seu sistema nervoso relaxar. Com isso, nossa capacidade de conexão, empatia e confiança pouco a pouco diminuem. Toque é um bem humano, uma oportunidade de criar elos, cooperação e bem-estar. É o que sustenta o vínculo entre familiares, amantes e amigues. É esse fundamento que conecta as pessoas em grupos e comunidades. É inclusive um de nossos princípios evolutivos, pois mamíferos necessariamente mamam, se relacionam e se tocam.

A questão é que desde muito cedo na vida, todes nós já experienciamos a sensação de aguentar um toque que não era exatamente aquilo que a gente queria. Seja alguém nos abraçando, nos dando comida, trocando nossa roupa, aprendemos padrões normativos de que a ação das pessoas a nossa volta é mais importante do que como nós nos sentimos a respeito.

No geral, as pessoas gastam tempo demais tentando sentir algo diferente do que estão sentindo ao invés de mudar a experiência que está acontecendo.

A cultura de responsabilidade e sinceridade radical envolve praticar o questionamento de uma forma honesta e genuína da seguinte pergunta:
 

“o que você quer?”

E a partir disso, criar os meios para validar e comunicar que essa é a tua verdade, e nesse lugar tão íntimo as relações podem florescer.

A urgência dessa proposta vem como um manifesto para nós, como seres humanos, resgatarmos nossa capacidade de criarmos vínculos em segurança e nos expressarmos com maior autenticidade e liberdade de ser.

O cerne dessa pesquisa é revelar, na prática, como acessar seus desejos mais autênticos e te mostrar os caminhos para expressá-los da forma que você genuinamente quer, permitindo com que as pessoas a sua volta também façam o mesmo.